Acabou como uma luz que se apagou
no limiar da noite não restou nem o amor.
Vento leva, leva vento, leva . . .
Mãos frias espalmadas sobre a mesa
guardam, antes que certeza, tristeza.
Leva vento, vento leva, leva . . .
Sólida e tragicamente, dois corações
armazenaram tantas emoções.
Leve o vento leva, leva leve vento, leva . . .
Cortinas empoeiradas escondem o passado
com receio do que é belo, tosco e rebuscado.
Vento leva, leva vento, leva . . .
Vento me leva, me leva vento, me leva . . .
(In: O Perfume do Tempo - 2004/2005)
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