domingo, 3 de abril de 2011

CABEÇA

Cabeça
 pele, carne e pêlos,
limites extremo... cabelos,
parte de cima do pescoço
suspensa no ar, caixa marfim de osso.
Cheia de sufoco, pressão dos  pensamentos.
Fecham-se os olhos e ela vê tudo o que não se  vê.
Abrem-se bocas molhadas, salivas salgadas,
sabores esquisitos adormecem línguas,
queixos, dentes, cáries, gripes e males;
culpas, remorsos, tédio e dúvidas salutares.
Visões de um mundo redonda cabeça,
umbrais de pedra sólida e sem cura,
circos aonde os sangues e vinhos
circulam fluindo tempestivos
pelos destinos atrevidos
enquanto morrem nas veias
encharcadas do
coração

 (In; O Perfume do Tempo - 2004/2005) 


 

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