sábado, 16 de abril de 2011

ELA & ELA


Ela ficou deitada
Enquanto ela foi trabalhar
Enquanto ela ficou em casa
Ela foi viajar.

Ela se referiu à tarde
Como se visse um barco partindo
Desaparecendo em alto mar
Carregado de paz
Carregado de amor pra dar.

Ela pintou o retrato de um amor
Com todas as cores da aquarela
E conseguiu expressar tanta dignidade
No rosto que era só dela.

Quem condenará
Alguém que saiba amar?

Ela ama Ela ama Ela ama Ela ama...

De repente, um beijo, um gesto,
Um pedaço de papel que dura uma vida inteira.
E já não é mais igual,
É tão natural
É da mesma maneira.

Quem condenará?
Quem?

(In: Versorragia Verborrágica - 2006/2011)


 

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