sexta-feira, 1 de abril de 2011

A PORTA DA TUA CASA


A porta da tua casa é fria dura e
Indiferente como os teus olhos
Não importa quantas vezes eu passe na frente dela
A porta da tua casa me olha pela janela
Eu que tive tanto pra sonhar
Tenho pouco pra sorrir
De nada importa a alegria sagrada dos dias de sol
No peito deste triste ser
Intoxicado de amor
Sinto o perfume do tempo nestas flores
Embrulhadas em papel amassado
Que trago embaixo do braço
Cansado
Esgotado pelo peso da tua ingratidão
Vejo a vida escorrer pelas minhas mãos
Pelos meus dedos
Como a chuva que cai na frente da porta
Que tantas vezes me abriste
Onde tantas vezes me beijaste
Ingenuidade...
A porta da tua casa é madeira medo e solidão
Foi nela que um dia te cantei uma canção
Que falava de uma vida plena de alegrias
Que falava de um mundo cheio de esperança
Na porta da tua casa eu deixei meu coração.


(In: Versorragia Verborrágica - 2006/2011)




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