terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Paz Inominada

Eu só peço, de todo o meu medo,
com todo o meu amor,
de toda a minha angústia,
desde os meus sinceros votos de perdão
até o meu desprendimento e absoluta solidão,
de uma vez por todas,
deixe-me em paz.
Esse meu mundo que você não entende,
esse seu julgamento inconveniente,
esse seu ar de total indiferença,
essa ausência da sua presença,
e todos os tiros disparados contra um coração em pânico,
e as totalidades dos pedaços que ficaram,
são os meus apelos pela paz que persigo e não tenho,
é a minha vontade de voltar de onde venho,
não me julgue, não me odeie, não me abandone,
apenas me deixe em paz.
E em meu silêncio,
mesmo que jamais saiba,
eu estarei a desejar-lhe toda sorte do mundo e
toda a paz que não tenho.

Vôgaluz