domingo, 27 de março de 2011

SONETO DAS BORBOLETAS

Quando a vida teceu suaves vestes
De sonhos brandos, ternos, muito breves,
Foste ao riacho beber água pura
E na concha das mãos... amor... ternura.

Caminhaste nos braços dos injustos.
Derrubaste as barreiras pelo impulso
Da força primitiva de um lugar
Tendo o simples prazer de se entregar.

Por entre as árvores a noite veio
E viste um mundo novo, turvo, esplêndido,
Colorindo um luar pálido e feio,

Que fere a natureza em mil facetas
No lindo encontro plástico e autêntico
Do místico bailar das borboletas.


(In: Versorragia Verborrágica - 2006/2011)



 

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