E amanhece
no dilema,
Filomena
não se emenda,
muito cedo
vai à venda
com a lista
de encomendas.
Compra os ovos,
compra o queijo,
leva o leite
do varejo,
na sacola
já não cabe
nada mais
que faltasse,
leva pão
e manteiga,
compra chá
de cidreira,
vem trazendo
por dilema
um tremendo
de um problema:
Seu José,
lá da venda,
só não gosta
da encomenda
porque paga
Filomena
com uma nota
de cinquenta.
“Oito e trinta
pra cinquenta,
não se emenda
Filomena”,
pensa o sério
português
que não perde
um freguês,
pra trocar
os cinquenta
fica doido,
se apoquenta,
tem que ter
já de renda
pouco mais
de quarenta,
nunca tem,
não recebe
o dinheiro
que ela deve,
vê saindo
Filomena
rebolando,
estupenda,
de sacola
lá da venda
com a nota
de cinquenta.
(In: O Perfume do Tempo - 2004/2005)
Bom dia
ResponderExcluirGostei do blogue e da poesia.
Voltarei mais vezes procurando entender o seu modo de escrever.
Bom dia...
ResponderExcluirParabéns pelo blog e pelos inspirados poemas, assim como, pela enorme sensibilidade encontrada neles...tocam e emocionam a quem os lê!
Um ótimo domingo prá vc!
abraços..
A singeleza no poema que emociona. Um bom domingo. Yayá.
ResponderExcluirNossa amei seu blog, estou te seguindo. :D Muito bom mesmo. Se assim desejar pode me acompanhar também meu blog é http://paulinhabarretojp.blogspot.com/
ResponderExcluirAbraço
Obrigado a todos por todos os comentários. Gosto que sigam o meu trabalho, pois sigo sempre o trabalho de todos vocês também. Muitíssimo obrigado!!!
ResponderExcluirVôgaluz