Travesseiro, companheiro,
Em ti deito-me em presságios,
Meus remorsos, meus amores
E um coração incansável.
Testemunha de absurdos,
De fatos inconfessáveis,
De casos indecifráveis
Guardados no quarto escuro
E frio da minha memória
O resto... é só história.
Travesseiro, velho amigo,
Um quase colo de mãe,
Meu gosto mais atrevido
Em sonho se decompõe.
Se choro de madrugada
Não me entendas mal, talvez
Me limpe da estupidez
De forma dissimulada.
Depende do teu respaldo
Este semblante cansado.
Confesso não ser feliz,
Bem perto da tua orelha.
Amigo, quem é que diz
Ser feliz a vida inteira?
Vislumbro todo o silêncio
Que guardas feito um divã,
Travesseiro, companheiro,
Te vejo pela manhã.
(In: Versorragia Verborrágica 2006/2011)
Eita travesseiro bom né! Pudéssemos nós servirmos assim para outrem ,... tantos seriam poupados os problemas...
ResponderExcluirgostei e ja fiquei viu!
Catia
Oi amigo! Gostei do seu blog
ResponderExcluire vi que vc está seguindo o meu
de músicas dos anos 80 rs. Se quiser
seguir meu blog de poesias também,
eu ficarei honrado, pois vou fazer
um post sobre você e algumas de suas
poesias lá no "Antes do Amanhecer".
O link do meu outro blog é:
bs-bg.blogspot.com
Abço e parabéns!