sábado, 17 de março de 2012

NATIMORTOS


Toda dor, cada passo
Todo acaso é de fato
Um menino sem destino
Ou menina pequenina
Que a fumaça traz no vento
Quando abafa um lamento
Um gemido inocente
De quem grita em silêncio.

Mas acorda quem dormia
No reflexo da agonia
Que se chama desespero
E mistura no agridoce
Sabor fresco de alguns dias
Sem canção, sem paixão
Mutilados corações
Adormecidos, natimortos.

(In: Canções para os intervalos)

8 comentários:

  1. Obrigado pelo comentário, Camilo. Abraço. Vôgaluz

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  2. Abraço, Cristiane! Obrigado pela visita.

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  3. Mestre Vôga =) caro amigo-poeta
    desculpe demorar pra vir aqui
    te agradecer a visita e o
    comentário em meu blog,
    valeu por passar lá...

    Retribuindo a visita, me deparo
    com tua sensível poesia, versos
    que comovem, envolvem, alertam:
    "Sem canção, sem paixão
    Mutilados corações
    Adormecidos, natimortos."

    Grandioso em teus sentimentos,
    parabéns! Grande abraço Õ/

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  4. Mestre Bruno Gaspari, muito obrigado pelo carinho do seu comentário. Estarei sempre a visitar os seus blogs, gosto muito do seu trabalho. Abraços. Vôgaluz

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  5. Triste, mas tão belo em toda sua extensão.
    Há que se tornar delicada e sensível todas as coisas tristes da VIDA!
    Abraços

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  6. Malu, obrigado pelo carinho. Abraços. Vôgaluz

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