Eu tinha apenas nove anos
quando soube que partiste,
já são tantos os enganos
que hoje sei o quanto existes
nas músicas que ficaram
como se em placas de pedra,
que ninguém mais interpreta,
pois as vozes se calaram
abafadas pela tua
voz marcante, quase crua,
sentimento à flor da pele
da mulher que nada deve
às deusas das várias épocas
da música mundial,
comoventes flores bélicas
de existência visceral.
No teu sorriso gostoso
havia um falso brilhante
de uma tristeza gritante
tal qual vulcão em repouso.
És uma estrela no céu,
nos palcos da eternidade,
um barquinho de papel
que as águas todas invadem.
Chegaste ao fim do caminho
e cedo demais deixaste
todos nós sem teu carinho
e a alegria que guardaste.
Elis, só agora te entendo,
depois destes longos anos,
cada vez mais me envolvendo
com os teus doces encantos,
que foste embora depressa
levando os sonhos que vagam,
porque todo show começa
pelas luzes que se apagam.
(In: O Perfume do Tempo - 2004/2005)
Caríssimo;
ResponderExcluirGrata pelo doce comentário. Tenho uma pequenina em casa agora! Minha filha nasceu dia 27 de dezembro pela manhã. Tudo bem, linda e saudável!
Amo apaixonada a voz de Elis, "cabelo ao vento, gente jovem reunida..." Gosto dessa canção em especial... Um pouco de nostalgia senti ao ler o poema, também tinha por volta de 8 anos... E cantava, cantava, como cantava... Herança dos negros em meu sangue! Alegria sempre me habita, amém!
Obrigado, Cristiane. Desejo muita saúde, paz, harmonia e amor para a sua pequenina e para você também. Abraços. Vôgaluz
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirSou a Dayane do Simbologia Pessoal. Venho lhe avisar que mudei de blog:
http://eterea-essencia.blogspot.com
Como vc seguia o Simbologia, penso que gostaria de seguir este que irá substituir o mesmo!
Dayane
Olá, Dayane. Já estou seguindo o novo blog. Abraços. Vôgaluz
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