entre mim e o tempo
há uma lacuna
espaço vazio
de vento e frio
de saudade
do calor do teu beijo
entre mim e o amanhã
há o medo
medo de ter medo
do medo
que afugenta o mais bravo leão
quando a noite vem
ninguém vem
quando as palavras somem
todos entendem
que a vida é abismo
caminho de pedras pontiagudas
brilhantes
onde sangram pés
cortados
arranhados
em desamor
em desarmonia
sem fé no dia a dia
e os dias se vão
ainda resta um coração aos pedaços
dividido entre as horas
entre a estrela e o punhal
no corte da carne quente
desta alma que sofre reprimida
transtornada pela vida
entre mim e a frustração
há uma granada
vislumbro meus braços cortados
servidos à mesa
enquanto meus olhos em desespero
esperam pelo talvez
(Canções para os intervalos)
Gostei de sua canção para os intervalos.
ResponderExcluirBeijos!
Janice Adja, obrigado! Bjs. Vôgaluz
ResponderExcluirLINDO POEMA!!!
ResponderExcluirA poesia é este entre que nos completa, é ponte, é rio que correr infinitamente...
Abraços
renata
Obrigado, Renata Bomfim! Tens total razão. Abraços. Vôgaluz
ResponderExcluir